domingo, 30 de setembro de 2012

O deficiente visual no Brasil

Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde, 1% da população do Brasil é formada por deficientes visuais, ou seja, 1,7 milhão de pessoas. No entanto, dados do Censo demográfico do ano 2000 apontam para números diferentes. De acordo com o estudo realizado pelo IBGE, há 11,8 milhões de brasileiros com deficiência visual, dos quais cerca de 160 mil possuem incapacidade total de enxergar.

O deficiente visual enfrenta inúmeros obstáculos em seu processo de inclusão na sociedade, sendo para eles ainda mais difícil o acesso à informação, educação, cultura e ao mercado de trabalho. Entre os fatores de exclusão social do deficiente visual, destaca-se a reduzida oferta de literatura em braile, que é o sistema de escrita e leitura que se adequa às suas necessidades.

sábado, 29 de setembro de 2012

Colete com GPS ajuda a guiar deficientes visuais

O protótipo do aparelho, chamado Point Locus, reconhece a voz do usuário e vibra para indicar a direção 


Tecnologia e design podem caminhar junto para facilitar a vida das pessoas. O Point Locus, um dispositivo portátil dedicado a orientação de deficientes visuais é um exemplo. 

Desenvolvido por designers canadenses, o colete usa a tecnologia do GPS para guiar e auxiliar a locomoção de pessoas que não enxergam. 

O protótipo do aparelho, criado por Stephanie Wiriahardja, Emily Chen, David Barter, Karen Truong e Kennett Kwok, conta com reconhecimento de voz, para que o usuário informe seu destino; e um sistema de vibração na parte da frente, costas e braços direito para indicar a direção a ser seguida.


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Japão desenvolve “robô-guia” para cegos

Assim como o cão-guia, equipamento ajuda deficiente visual a se deslocar
por Redação Galileu


A empresa japonesa NSK em parceria com a University of Electro-Communications desenvolveu um “cão-robô” para guiar pessoas com deficiência visual.

O "cachorro" é ativado quando a pessoa pressiona a alça. Com esse sinal, o robô entende que o deficiente está pronto para seguir.

Durante o percurso, o robô fala com a pessoa, com uma voz computadorizada feminina, e dá detalhes sobre o ambiente e obstáculos.

A máquina consegue andar por superfícies planas e também por obstáculos. Ele é capaz, por exemplo, de subir e descer escadas.

A expectativa é que novas versões do equipamento tenham comando de voz e também GPS para uma navegação melhor.



Veja o vídeo:


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Os cegos sonham?





          A pergunta vem de uma confusão: costumamos ter sonhos mais marcados por imagens, mas a ausência delas não significa o desaparecimento das histórias que criamos durante o sono. Em linhas gerais, funciona assim: o inconsciente recupera referências recentes (imagens, toques, vozes, sabores ou cheiros) e dá outro sentido a elas quando você dorme. Quem nasceu sem ver nada, não tem nenhuma imagem para ser recuperada, daí audição, tato e olfato aparecem mais fortes nas histórias. Se a pessoa ficou cega depois, a tendência é que, com o tempo, forme menos imagens ao dormir. E mesmo quem não tem problema de visão pode sonhar apenas com vozes ou cheiros (é raro, mas acontece).


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O surfista que impressionou o mundo ao dropar Pipeline completamente cego lança o trailer de seu longa.


A história do surfista capixaba Derek Rabelo é certamente uma das mais inspiradoras que você já ouviu. Há dois anos e meio, ele procurou uma escola de surf e entrou no mar com uma prancha pela primeira vez. Hoje, aos 19, domina com intimidade lajes pesadas da região, como Bin Laden e Underground.

Como se não bastasse o domínio nas ondas locais, Derek extrapolou e viajou para o Hawaii na última temporada, quando foi recebido e presenteado com uma prancha nova pelo local Makua Rothman, com quem fez uma queda em Pipeline. A grande diferença entre um surfista comum de Pipeline e Derek, é que o capixaba é cego desde que nasceu.

Atualmente, com sua vida voltada para o surf, Derek quer voltar para o Hawaii, além de viajar para conhecer outros lugares. O documentário Além da Visão, dirigido pelo fotógrafo Bruno Lemos, com uma mensagem legal, que encoraja as pessoas a viverem melhor independentemente de suas situações. A história de Derek é o fio condutor dessa mensagem.

fonte

terça-feira, 25 de setembro de 2012

3º Torneio de Dominó para deficientes visuais

3º Torneio de Dominó para deficientes visuais Nesta terça-feira, 25 de setembro, a partir das 13h, a Biblioteca Pública do Paraná promove 3º Torneio de Dominó para deficientes visuais. Realizado pela Seção Braille, em parceria com a Seção Infantil da Divisão de Coleções Especiais da BPP, o evento contará com a presença dos quase 50 inscritos. A arbitragem fica por conta do professor de dominó Ederni Marques da Silva. Essa é a terceira edição do torneio. A atividade dá continuidade às atividades desenvolvidas pela Seção Infantil que, no mês de julho, movimentou a BPP trazendo dezenas de crianças para o 11º Torneio de Xadrez. Serviço: III Torneio de Dominó para deficientes visuais Data: 25 de setembro Horário: 13h Local: Segundo andar da Biblioteca Pública do Paraná. Fonte: BPP

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Programa imprime fotos táteis, que cegos podem 'ver'

Em um mundo cercado de imagens, muitas delas apenas na tela do computador, quem não consegue enxergar acaba perdendo uma grande parte da experiência sensorial do mundo que o cerca. Existem algumas tecnologias para ampliar o acesso dos deficientes visuais aos meios eletrônicos, mas quando se trata de fotografia, os avanços são tímidos.
 
 
 


Inspirado por um pesquisador deficiente visual que se queixava da falta de informações gráficas, o pesquisador Baoxin Li, da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, iniciou seu trabalho no desenvolvimento de um programa que transforma fotografias comuns em imagens que podem ser "vistas" por deficientes visuais.
O programa usa um algoritmo que captura as linhas essenciais para a percepção de um rosto e forma uma imagem que pode ser impressa em alto relevo. O software não traduz todas as expressões em relevo, porque tornaria a imagem poluída demais, ele seleciona apenas as linhas de maior relevância para a compreensão do rosto. A foto pode passar para o papel por meio de uma impressora tátil em cerca de um minuto.

Por enquanto, os programa só transforma fotografia de rosto, mas os pesquisadores esperam desenvolver em breve uma forma de fazer mapas em alto relevo. As impressoras táteis normalmente existem apenas em instituições especializadas em deficientes visuais. Mas Li disse ao
Discovery News que logo as fotografias que passarem por seu programa poderão ser sentidas por cegos usando gadgets que permitirão sensações táteis. 



fonte: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI211964-17770,00-PROGRAMA+FAZ+FOTOS+QUE+CEGOS+PODEM+VER.html



 

sábado, 22 de setembro de 2012

Sinalização tátil

A Sinalização Tátil é qualquer tipo de sinalização que envolva o tato como meio de assimilar a mensagem. É fundamental no benefício de pessoas cegas ou com baixa-visão, que não podem se beneficiar da Sinalização Visual apenas. O maior exemplo seria o Braille, uma linguagem baseada em pontos em relevo, especialmente desenvolvida para deficientes visuais, e pode ser utilizada em placas, mapas táteis, cartilhas entre outros dispositivos.


Outros exemplo é o Piso Tátil, que tem funções de alerta a obstáculos ou bloqueios, e no sentido direcional de locomoção.


Piso Tátil ou PodotátilPodo: pé Tátil: tato (sentido).

Esses pisos tem como serventia auxiliar a caminhada das pessoas, sejam elas deficientes visuais, crianças, idosos e até mesmo turistas. Como revestimento de chão, os pisos táteis não funcionam sozinhos e sim com uma composição de peças que caracterizam uma caminhada segura e com autonomia. Portanto deve ser levado em consideração o desenho universal deste produto, lembrando que o seu significado deve ser evidente e fácil reconhecimento, tendo uma linguagem simbolica onde quer que os encontre.


Piso tátil direcional


 

Piso tátil de alerta




É importante lembrar que as informações táteis devem ser adequadas em espessura, corpo, tipologia, cores e demais formas físicas que transmitam corretamente estas informações, com conforto e segurança ao usuário. 

Os pisos táteis devem ser cromodiferenciados, ou seja, devem possuir cor contrastante com o piso adjacente, porque ele não atende somente às necessidades dos cegos. Deficiente visual é também aquele que tem visão parcial, ou seja, baixa visão, conseguindo distinguir mais cores fortes do que formas e nitidez e tem a direção auxiliada pelas cores contrastantes do piso. A cor contrastante auxilia também os idosos.
No Brasil os pisos táteis foram normatizados pela norma técnica NBR 9050 que apresentou estes produtos somente no ano de 2004. Sendo assim seu conhecimento é relativamente novo, e deveria ser do interesse de todos órgãos públicos, portanto, ainda existe muito o que fazer para melhorar a acessibilidade em nosso município e no Brasil.


Mariza Helena Machado

fonte: http://estardeficiente.blogspot.com.br/2010/02/sinalizacao-tatil.html

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mundo dos cegos

Olá pessoal, hoje estou postando um texto que achei muito interessante retirado do site da Rede Saci.


Mundo dos cegos Rede SACI São Paulo - SP, 30/06/2011
 Reflexões de um deficiente visual que enxerga o mundo de dentro para fora Geilson de Sousa Santo

 Muitas pessoas ficam impressionadas quando vem uma pessoa cega fazendo suas atividades normais! Andando, correndo, brincando, dançando, pulando, lavando uma louça, fazendo um café, etc. Ficam se perguntando: Como é que ele consegue fazer isso? Como ele consegue fazer aquilo? Ficam se adimirando, com que fazemos e falamos! Mais o que eles mais tem curiosidade de saber é o que pensamos, o que sentimos, como percebemos as coisas, enfim, querem saber como é o nosso Mundo. Com certeza, você já deve ter ouvido falar que um cego tem o seu próprio mundo! Eles tem muita vontade de saber como é viver o mundo só escutando e tocando. Com certeza, você já deve ter ouvido isso: "Os cegos vem mais do que nós!". E com certeza, você deve ter ficado confuso. Ou então: "Eles não podem ver com os olhos mais podem ver com o coração!" Você deve está se perguntando: mas como é isso? Como eles enxergam melhor do que nós se são cegos? Para que você intenda como é isso, vou explicar. Quando você vê um objeto, você presta atenção no modelo, na cor e no tamanho. Não é? Mais nós, cegos, quando pegamos em um objeto, prestamos atenção no tamanho, o material que ele é feito, qual é sua textura, se áspero, liso, macio, grosso, fino, mole ou duro. E se alguém descrever pra gente a cor do objeto, pronto, a nossa visão daquele objeto já está completa. É assim que vemos. Isso é muito comum acontecer, quando uma pessoa cega fala pra uma pessoa que enxerga que lhe acha bonita, lá vem a pergunta: Como é que você sabe não está me vendo? Muitas pessoas que enxergam acham que a beleza é vista pelos olhos, o que não é verdade. Quando você olha pra uma pessoa, e diz que ela é bonita, você está olhando o corpo dela. Se é gordo ou magro, a cor dos cabelos, dos olhos, etc. Nós cegos vemos as pessoas da seguinte forma: Ouvindo sua vós, quando ouvimos a voz de alguém, prestamos atenção de onde ela vem, em qual direção, em qual distância, se é alta ou se é baixa, Se é grossa ou se é fina, se a vós de homem ou de mulher, se a qué-la vós é de algum conhecido ou amigo! Prestamos atenção na tonalidade, se a vós é macia, ou uma vós raivosa, triste ou feliz, se é uma voz doce, carinhosa, irritada, cansada ou rouca! Prestamos atenção o jeito que a pessoa está falando! Se é um jeito amigo, ou inimigo. Se é querendo ajudar, ou não. Se está falando com medo ou com segurança. E você que enxerga? Presta atenção nisso? Nós cegos, podemos ver com as mãos, com os ouvidos, com o coração e com a imaginação. Com as mãos, vemos as texturas dos objetos, o material que ele é feito, o tamanho, a temperatura e o peso. Com os ouvidos, vemos o som que ele tem, se é um som alto ou baixo, grave ou agudo, rápido ou lento. Com a imaginação, imaginamos a cor que ele tem. Com o coração, vemos os sentimentos das pessoas, se são bons ou ruins, se gostam da gente ou se é só falsidade, se são amigas de verdade ou só por interesse em alguma coisa. Prestamos muita atenção nas sensações, a sensação de voar de avião, de um beijo, de um carinho, de se sentir amado, apaixonado, etc. O objetivo desse texto é pra mostrar para as pessoas que enxergam, a forma que os cegos veem! Por favor, compartilhe esse texto com todos em sua volta e peça que eles façam o mesmo. 

Abraços a todos

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Cinema para cegos em Cuba


Cuba: as pessoas cegas e deficientes visuais também vão ao cinema


 

O projeto “Apalpando a Luz” de filme para cegos foi lançado em Cuba em julho de 2011. Existem mais de 30.000 pessoas cegas em Cuba, muitos dos quais foram capazes de descobrir o cinema com esta iniciativa na ilha caribenha.
O custo de fazer um áudio-descripcion é muito alto, 8 especialistas trabalham pelo menos um mês. Poupam um pouco trabalhando com filmes cubanos, porque os seus autores transferem os direitos sobre o filme transferidos quando explicou o projeto.
Hoje essas sessões especiais ocorrem uma vez por mês em um dos cinemas da capital cubana. Neste momento, os fãs de cinema deficientes visuais podem se tornar espectadores em mais de 20 filmes, todos eles de produção cubana.

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Fonte: 
https://tudoparaminhacuba.wordpress.com/tag/cinema-para-cegos-em-cuba/

domingo, 16 de setembro de 2012

Jogos de computador para cegos

Texto extraido de http://www.lerparaver.com/jogos_acessiveis

Não sei se esta é uma realidade conhecida pela maioria de entre vós mas decidi escrever este artigo para dar a conhecer e talvez para orientar alguns possíveis novos interessados para este novo mundo que é uma fonte de bem-estar que nos transmite um sentimento de muita igualdade principalmente para os jovens como eu!

Eu em criança, como muitas crianças cegas tinha sempre o desejo incontrolável de ser igual aos outros e de fazer tudo o que os meus amigos faziam. Nessa altura todas as crianças passavam muito tempo a jogar computador e eu claro não conseguia.

Mas agora tudo mudou, muitos produtores (a maioria de países anglo saxónicos) criaram o fenómeno dos “acessible games” ou seja jogos que são totalmente acessíveis para pessoas sem visão.
E porquê? Simplesmente porque estes são jogos totalmente áudio onde a informação é totalmente sonora.

Para começar gostaria de indicar um site que digamos é o site da comunidade de jogadores e produtores de jogos para cegos:
www.audiogames.net
Este site (de língua inglesa) tem informação sobre todos os jogos existentes bem como descrições e links para o download dos mesmos. É uma excelente fonte para principiantes porque tem tudo o que devemos saber para nos orientarmos consoante os nossos gostos.

Não vou aqui dizer nem descrever os tipos de jogos que existem porque precisaria de escrever um artigo muito longo que poderia ser algo monótono mas diria para dar uma ideia que existem em versão áudio todos os tipos de jogos que existem para as pessoas com visão.

Em seguida vou citar um portal que tem um excelente jogo que é um simulador de corridas que está traduzido em português. O jogo chama-se Top Speed 2 e pode ser encontrado em:
www.playinginthedark.net

Outros jogos que são muito interessantes podem ser encontrados em páginas como:www.kitchensinc.net
www.pb-games.com
www.vipgameszone.com
www.gmagames.com
www.lighttechinteractive.com
www.l-works.net

Existem muitos outros mas não seria interessante indicá-los todos porque seria uma lista interminável: apenas falei naqueles que me parecem ser os melhores. Se o tema interessar volto a escrever com mais informações.

Antes de terminar gostaria de mencionar um jogo on-line que está a ganhar cada vez mais adeptos que é um jogo que não é especificamente pensado para cegos mas que é perfeitamente acessível para os nossos leitores de ecrã e ainda por cima está traduzido em muitas línguas entre as quais o português. Neste jogo totalmente gratuito que é jogado no browser da Internet, somos um treinador de uma equipa de futebol e acompanhamos a nossa equipa na liga contra outros utilizadores. Joga-se em
www.hattrick.org

  

sábado, 15 de setembro de 2012

Futebol para cegos


O Uso do tampão oftalmológico e obrigatório
Você já assistiu a uma partida de futebol para pessoas portadoras de deficiências visuais? Não? Pois bem, o objetivo desse texto é apresentar uma adaptação para pessoas cegas de um esporte tradicional em nosso país: o futsal.
No entanto, convém, em primeiro lugar, compreender o significado de deficiência visual ou de cegueira. O termo deficiente poderia induzir à ideia de que se trata de uma pessoa não eficiente, cujas capacidades são limitadas. Isso não é verdade: a convivência com essas pessoas, que apresentam características diferentes de grande parcela da população, rompe com esse tipo de preconceito ao mostrar que são pessoas tão ou mais inteligentes do que as outras e tão ou mais esforçadas do que as outras. As deficiências de cunho visual cobrem um grande leque de possíveis distúrbios da visão, podendo atingir à cegueira total. No que se refere às atividades cotidianas, há um mito que de essas pessoas não podem fazer as mesmas atividades que todas as outras. A própria prática do futebol para cegos é um exemplo desse mito.
O jogo de futebol para cegos também é chamado de “futebol de cinco”, já que traz muita influência do futebol de salão. Como o próprio nome diz, as equipes são formadas por cinco jogadores, de modo que quatro jogadores atuam na linha e um como goleiro. Em competições não oficiais, os jogadores da linha podem ou não serem cegos totais. No sentido de proporcionar igualdade de condições, todos eles devem usar uma venda. A exceção é o goleiro que sempre terá cegueira parcial: sua função, além de defender as bolas atacadas contra o seu time, é de atuar como guia do time. Por outro lado, nas competições de cunho oficial, os quatro jogadores de linha deverão pertencer à classificação de cegueira total, de modo que a única função permitida ao portador de deficiência visual parcial é a de goleiro.
As dimensões oficiais da quadra são variáveis entre 38 e 42 metros de comprimento por 18 a 22 metros de largura. O material do solo pode ser de cimento, grama natural ou grama sintética, de modo que seja obrigatoriamente plana e não abrasiva.
A bola utilizada nas partidas deve apresentar as seguintes características: esférica, com circunferência entre 60 e 62 centímetros e ser de couro ou qualquer outro material adequado. A sua grande particularidade reside no som que ela emite, para que os jogadores possam percebê-la na quadra. Esse sistema de som é geralmente composto por guisos, que fazem barulho conforme a bola se movimenta.
O uniforme obrigatório dos jogadores é composto por camisa, calção curto, meias, caneleiras e calçado. O único tipo de calçado permitido é tênis branco, que pode ser de couro ou de lona. O único jogador que pode usar calças compridas é o goleiro, cuja cor da roupa deve ser diferente daquelas usadas pelo resto do time.
Além disso, fazem parte dos equipamentos obrigatórios dos jogadores: tampão oftalmológico nos dois olhos e vendas. As vendas devem ser de material absorvente – devido ao suor -, com proteção acolchoada. Em competições oficiais, a venda é entregue aos jogadores pela organização do campeonato.
Atualmente, o futebol para cegos é praticado em mais de trinta países. Sua estreia oficial em Jogos Olímpicos para pessoas portadoras de deficiência – Paraolimpíadas – ocorreu em 1994, na cidade de Atenas. Desde então, os atletas dessa modalidade vêm sendo reconhecidos, especialmente no Brasil, país vencedor do futebol de cinco nos Jogos de Atenas.
Para saber mais:
Federação Internacional de Esportes para Cegos –
www.ibsa.es
Por Paula Rondinelli
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP




Fonte:
http://www.brasilescola.com/educacaofisica/futebol-para-cegos.htm

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Os 10 animais cegos mais fascinantes da natureza

1. Besouro Leptodirus : 




Também chamados troglóbios - são criaturas que adaptaram suas formas físicas para melhor sobreviver no ambiente das cavernas. O primeiro troglóbio descrito na literatura científica foi o besouro Leptodirus (Leptodirus hochenwartii), por volta de 1832.
Besouros Leptodirus medem em média, cerca de 1cm de comprimento e para sobreviver se alimentam das carcaças de animais mortos nas cavernas. Encontrado apenas em cavernas calcárias nos Alpes no sudeste da Europa, os besouros Leptodirus são considerados uma espécie vulnerável, devido suas exigências ecológicas abrangerem uma gama muito estreita.

2. Aranha lobo das cavernas de Kauai:



A Aranha Adelocosa anops, foi descoberta em 1971 e pode ser encontrada na ilha havaiana de Kauai e somente dentro de cinco cavernas, onde cerca de duas dezenas no total existem. As cavernas foram formadas entre 3,6 e 5,6 milhões de anos, portanto a aranha teve vários milhões de anos para evoluir em seu estado atual de cega. A criatura depende de um afinado senso de toque e a capacidade de observar as vibrações quando na perseguição de presas no entorno das grutas vulcânicas.

3. Camarão da caverna de Kentucky:



O Camarão da caverna de Kentucky (Palaemonias ganteri) é um de uma série de camarões troglóbios cegos que têm explorado com sucesso ambientes de caverna sem luz em todo o mundo.
Vivendo principalmente na famosa Kentucky's Mammoth Cave e outras cavernas subterrâneas na área, o Camarão da caverna de Kentucky é considerado em extinção devido à construção de represas e canais, que têm afetado a taxa natural do fluxo de água e de sedimentação no sistema Mammoth Cave. O camarão, que é cego e transparente, cresce até 1,25 polegadas (3,15 centímetros) e estão intimamente relacionados com outros camarões encontrados no Texas, Alabama e Flórida.

4. Lagosta cega da caverna:



Cerca de 40 espécies diferentes de lagostas vivem em ecossistemas de cavernas diferentes espalhados por todos os Estados Unidos. Comum à maioria dessas espécies é cegueira, falta de pigmentação e expectativa de vida muito longa - em alguns casos, estimado em mais de 75 anos!A lagosta da caverna estão entre os maiores troglóbios, alcançando comprimentos de cerca de 4 polegadas (10 centímetros).

5. Caranguejo cego da caverna:



Como os outros troglóbios, os Caranguejos da caverna vivem no escuro, em cavernas inundadas ao redor do globo. Eles compartilham uma série de adaptações evolutivas comuns, tais como cegueira e despigmentação que lhes dá uma aparência fantasmagórica.

6. Peixe cego da caverna:



O Peixe cego da caverna (Astyanax mexicanus) evoluiu a partir de peixes Tetras normais que podem ser encontrados hoje no Rio Grande e outros rios e córregos no México e Texas. Crescem até cerca a 4 polegadas (10 centímetros) de comprimento, e exibem um albinismo com uma pele semi-transparente e uma cegueira completa.

7. Piranha cega do Brasil:



A Stygichthys typhlops, um parente cego da temível piranha, pode ser "a mais ameaçada espécies de peixes subterrâneos no Brasil", segundo o ictiólogo Dr. Cristiano Moreira, da Universidade Federal de São Paulo. Os peixes vivem em uma única região, no estado de Minas Gerais.

8. Salamandra cega do Texas:



A Salamandra cega do Texas, Salamander rathbuni (Eurycea) é um exemplo extremo de cegueira como uma adaptação a falta de luz em ambientes subterrâneos. Crescendo a 5 polegadas (13 centímetros) de comprimento, essa criatura rara e incomum é encontrada em apenas um local: no Aqüífero Edwards em Hays, Texas.

9. Olm:



O Proteus anguinus é o único troglóbio de seu gênero de vertebrado que existe apenas no continente europeu. Como o besouro Leptodirus, ela pode ser encontrada nas cavernas de água doce do dos Alpes no sudeste da Europa. Descrito pela primeira vez em 1768, mas não reconhecido como um animal das cavernas puramente, o proteus é conhecido pelas pessoas da Eslovénia e da Croácia, como peixe "humano", devido à sua coloração pálida pinky.

10. A cobra cega de Madagascar:



A cobra cega de Madagascar (Xenotyphlops mocquardi) é uma dos 15 tipos diferentes de cobras cegas que vivem em Madagascar. Ela mede cerca de 10 polegadas (25 centímetros) de comprimento. Embora não seja cega efetivamente, a cobra cega de Madagascar evita a luz e quando trazidas à superfície imediatamente tenta voltar para o subsolo. A Xenotyphlops e seus parentes cegos são as cobras que só se alimentam de insetos, exclusivamente, focando na formiga e cupinzeiros com um senso altamente desenvolvido de olfato.


Fonte: http://fabyandrade.spaceblog.com.br/1489643/Os-10-Animais-Cegos-mais-Fascinantes-da-Natureza/

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Site

Encontrei um site muito interessante com produtos destinados as pessoas que possuem deficiência visual.

São vendidos jogos, livros, impressos em braille, bengalas, relógios, materiais pedagógicos, dentre muitos outros.

Vale a pena conferir, o nome do site é "Bengala Branca"

o link é esse: http://www.bengalabranca.com.br/2011/index3.php

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Como um cego vê

 
Por Gilmar de Freitas Mariano - Julho de 2004


De acordo com censo brasileiro de 2000, 16,5 milhões de pessoas sofrem de deficiênciavisual e 159 mil são incapazes de enxergar.Cabe a todos, aceitar e aprender a conviver com estas diferenças,diminuindo assim o preconceito.

Os olhos de um cego são os dedos das mãos; os olhos de um cego são os ouvidos; O olho de um cego é a bengala;os olhos de um cego são os olhos de um ser humano ou de um cão guia;

Quando perdemos um sentido, passamos a usar mais os outros epor ser necessário, aguçamos os que nos restaram. O tato é desenvolvido e um cego reconhece formatos,objeto e tudo mais que possa ser tateado. Através do Braille (sistema de leitura e escrita para deficientesvisuais), o cego pode ler qualquer informação ou conteúdo.Livros, revistas, e outros materiais publicados em Braille ou gravadosem fitas cassete ou cd, possibilitama inclusão dos cegos no mundo da cultura.Os softwares de vozes, os quais podem serem instalados em qualquercomputador equipado com multimídia, propicia aos cegos o acesso ao mundo dainformática. Os softwares lê com uma voz audível tudo que vai aparecendo natela, menos as imagens sem descrição e alguns tipos de tabelas, mas se o siteobedecer as normas de acessibilidade na WEB, não só os deficientes visuais como todos os outros deficientes terão total autonomiapara navegarem.

Através da audição um cego atravessa uma rua, reconhece as pessoas,trabalha com sons e etc. A bengala possibilita um cego ser independente, é através dela que ocego vai se locomover para a escola, para o serviço, para a casa doamigo (a) e etc. Quando a cidade tem acessibilidade urbanística e o povo tem consciência , ouseja, não tenha buracos, bicicleta, carro, placas publicitárias, orelhões sem alinhamento adequado e outrosnas calçadas, os cegos e os demais cidadãos se locomovem independentemente.

O guia humano é útil em certas ocasiões, como por exemplo em umacorrida, num lugar que não tenha nenhum tipo de acessibilidade, dentrode ambientes desconhecidos e outros. Já o cão guia, assim como abengala facilita a independência de um deficiente visual, mas no Brasilainda a poucos devido seu preço e a falta de informação. Em outrospaíses mais desenvolvidos o cão guia faz parte da vida de muitosdeficientes visuais.



"havendo acessibilidade, humanidade, eu digo que um cego vê tudo mas, omundo não é só o que se vê!!!"





Fonte:
http://intervox.nce.ufrj.br/~gilmar/cegove.html

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Palestra na Biblioteca Pública do Paraná

"Deficiência, diferenças e acessibilidade"

A Seção Braille, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação/CAP Curitiba, convida para a palestra: "Deficiência, diferenças e acessibilidade", ministrada pelo Doutor em Educação Especial Professor Paulo Ricardo Ross.

O evento acontecerá dia 20/09/12, ás 14 horas, no auditório Paul Garfunkel - 2º andar  da Biblioteca Pública do Paraná, localizada na rua Cândido Lopes, 133. Curitiba/PR

Para certificação é necessário inscrição pelo e-mail: cleomirasouza@bpp.pr.gov.br ou cleunicesilva@bpp.pr.gov.br.


PARTICIPE!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Cão Guia

Pular, sentar, fingir de morto, dar a pata é tudo que costumam pedir para um cão, mas, acreditem, eles podem fazer muito mais!!! Dar a pata, pode significar muito mais do que um simples gesto, já que alguns cães estendem suas patas para quem, realmente, precisa deles.

Existem cães trabalhadores, até cães que guiam pessoas cegas! Incrível, não? São cães meigos, carinhosos que, desde que nasceram, já estavam prontos para dar amor a quem viesse a viver com eles. Porém, além do amor, eles querem e podem dar muito mais.

Os cães-guias oferecem aos seus parceiros segurança na locomoção, equilíbrio físico e emocional, facilitam sua socialização, e até sua auto estima melhora, sem contar com o fato de ser um amigo sempre presente para garantir sua independência e aquecer seu coração.
Há alguém precisando de um cão-guia e nós precisamos de você para ajudar a treinar cães para entrar no mercado de trabalho.

A formação de um Cão-Guia tem início com um rigoroso processo de seleção genética e comportamental. Depois de selecionado, próximo aos três meses, o cão inicia a fase de socialização, que se estende até, aproximadamente, o animal completar um ano de idade. Esta fase pode ser conduzida pelo treinador ou por uma família voluntária, que cuida do animal no seu primeiro ano de vida. Durante este processo o cão aprende a conviver em ambiente social, urinar e defecar apenas em locais apropriados e alguns comandos básicos para o convívio.

Terminada a primeira fase, inicia-se o treinamento específico, com duração aproximada de sete meses, podendo se estender caso necessário. Nos primeiros seis meses, o cão aprende a desviar de obstáculos, perceber o movimento do trânsito, identificar objetos, encontrar a entrada e saída de diferentes locais, entre diversas outras atividades. No último mês é realizado o treinamento para transformar a dupla composta pelo cão-guia e seu usuário em um time que interagirá com a mais perfeita harmonia.

O tempo total de treinamento é de aproximadamente 16 meses, podendo se estender até 21 meses. Depois de treinados, os cães-guias identificam o movimento do trânsito, desviam de buracos, encontram as entradas e saídas de diferentes locais, localizam banheiros, escadas, elevadores, escadas rolantes, cadeiras, desviam de obstáculos altos, evitando que pessoas com deficiência visual batam com a cabeça, entre outros feitos incríveis.




                                                Imagem: http://www.folhavitoria.com.br/geral/blogs/petblog/tag/cao-guia





Fonte postagem


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Quadro de Medalhas Paraolimpíadas 2012

As Paraolimpíadas de Londres 2012 continuam com toda a força. A China vem mostrando que é mesmo a grande força dos jogos paraolímpicos e está com larga vantagem na primeira colocação no quadro de medalhas.

Os chineses se encontram com 46 medalhas de ouro, 26 de prata e 31 de bronze, totalizando 103 medalhas. A Grã-Bretanha aparece na segunda posição com 18 medalhas de ouro, 25 de prata e 18 de bronze, com um total de 61 medalhas.

Na briga pela terceira posição, e cada um com 15 medalhas de ouro, aparecem Austrália, Ucrânia e Estados Unidos. Os australianos levam vantagem pelo maior número de medalhas de prata, 19 no total.

O Brasil vem fazendo um bom papel até o momento, os nossos atletas até agora contam com 7 medalhas de ouro, 3 de prata e 3 de bronze.

Até o dia 09 de setembro, quando se encerram os jogos paraolímpicos, esperamos que nossos atletas melhorem cada vez mais o desempenho, o qual já nos deixa orgulhosos por toda a superação e capacidade de competir com os outros países.

Confira o Quadro de Medalhas -




Fonte postagem


domingo, 2 de setembro de 2012

Amor de pai e filha

Giovanna recebeu seu Portifólio da escolinha e ao chegar em casa fez uma audiodescrição para o seu pai que é deficiente visual, sobre seus trabalhos realizados.


sábado, 1 de setembro de 2012

A cegueira

Deficiência Visual: a cegueira e a baixa visão.

11/05/2012 - Antônio João Menescal Conde.


É considerado cego ou de visão subnormal aquele que apresenta desde ausência total de visão até alguma percepção luminosa que possa determinar formas a curtíssima distância. Na medicina duas escalas oftalmológicas ajudam a estabelecer a existência de grupamentos de deficiencias visuais: a acuidade visual (ou seja, aquilo que se enxerga a determinada distância) e o campo visual (a amplitude da área alcançada pela visão). O termo deficiência visual não significa, necessariamente, total incapacidade para ver. Na verdade, sob deficiência visual poderemos encontrar pessoas com vários graus de visão residual.

A cegueira engloba prejuízos da aptidão para o exercício de tarefas rotineiras exercidas de forma convencional, através do olhar, só permitindo sua realização de formas alternativas. A cegueira total ou simplesmente AMAUROSE, pressupõe completa perda de visão. A visão é nula, isto é, nem a percepção luminosa está presente. No jargão oftalmológico, usa-se a expressão 'visão zero'.

Falamos em 'cegueira parcial' como aquela em que estão os indivíduos apenas capazes de CONTAR DEDOS a curta distância e os que só PERCEBEM VULTOS. o indivíduo é capaz de identificar também a direção de onde provém a luz. Mais próximos da cegueira total, mas ainda considerados com cegueira parcial ou visão subnormal, estão os indivíduos que só têm PERCEPÇÃO e PROJEÇÃO LUMINOSAS. Nesse caso, há apenas a distinção entre claro e escuro.

Pedagogicamente, entretanto, delimita-se como cego aquele que, mesmo possuindo visão sub-normal, necessita de instrução em Braille (sistema de escrita por pontos em relevo) ou por softwares de leitura de textos e como possuidor de visão sub-normal aquele que lê tipos impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos ópticos. Essa definição fica mais próxima da CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde.

A CIF toma em consideração os aspectos sociais da deficiência e propõe um mecanismo para estabelecer o impacto do ambiente social e físico sobre a funcionalidade da pessoa. Por exemplo, quando uma pessoa com uma deficiência visual tem dificuldade em trabalhar num determinado edifício ou serviço porque não existem pisos táteis, elevadores que sonorizem os andares a cada parada, onde não exista acessibilidades como leitores de tela para a utilização de computadores, a CIF identifica as prioridades de intervenção, o que supõe, neste caso, que esse edifício possua essas acessibilidades, em vez dessa pessoa se sentir obrigada a desistir do seu emprego. Assim, a deficiência desloca-se da pessoa com deficiência para o ambiente em que vive, pressupondo-se que, estando o ambiente devidamente adaptado, a funcionalidade da pessoa com deficiência pode ser igual ou muito próxima a de qualquer outra pessoa.

Na medicina, uma pessoa é considerada cega se corresponde a um dos critérios seguintes: a visão corrigida do melhor dos seus olhos é de 20/200 ou menos, isto é, se ela pode ver a 20 pés (6 metros) o que uma pessoa de visão normal pode ver a 200 pés (60 metros), ou se o diâmetro mais largo do seu campo visual subentende um arco não maior de 20 graus, ainda que sua acuidade visual nesse estreito campo possa ser superior a 20/200. Esse campo visual restrito é muitas vezes chamado "visão em túnel" ou "em ponta de alfinete". Nesse contexto, caracteriza-se como indivíduo com visão sub-normal aquele que possui acuidade visual de 6/60 e 18/60 (escala métrica) e/ou um campo visual entre 20 e 50º.


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Texto baseado no artigo de Antônio João Menescal Conde - Professor do Instituto Benjamin Constant: O que é a cegueira e a baixa visão.
Texto revisado e Atualizado por Marco Antonio de Queiroz - MAQ.