O Brasil tem 16 mil oftalmologistas e em matéria de tecnologia nessa especialidade só perde para o Canadá e os Estados Unidos, de acordo com o presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Marco Antônio Rey Faria. Segundo ele, que é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal, nos últimos 18 anos a qualidade da oftalmologia e dos profissionais brasileiros melhorou muito, embora a situação da rede pública de saúde tenha piorado.
Com as novas drogas e técnicas cirúrgicas é possível controlar não apenas o glaucoma, como outras doenças graves que podem provocar a cegueira, entre as quais a retinopatia diabética, a degeneração macular e a catarata, “cuja cirurgia por meio de ultrassom é padrão ouro, atualmente”.
Em entrevista pelo Dia Mundial da Visão, comemorado hoje (11), o presidente do CBO prevê que a grande novidade será o olho biônico, que poderá devolver a visão a quem perdeu totalmente a capacidade de enxergar. Ele acredita que a tecnologia se tornará rotineira “no máximo em 20 anos”, de acordo com o avanço das pesquisas feitas atualmente.
O olho biônico utiliza uma câmera de vídeo para enviar ao cérebro as imagens captadas por eletrodos que o paciente pode ter instalados até na língua. Uma experiência recente, realizada na Austrália, comprova a afirmação do Dr. Rey de Faria.
O Bionic Vision Australia (BVA), consórcio financiado pelo governo, implantou o "protótipo preliminar" de um olho robótico em uma mulher com perda hereditária da visão provocada por retinite pigmentosa degenerativa, um tipo de degeneração da retina que leva à perda da visão e não tem cura.
Descrito como um "olho pré-biônico", o minúsculo aparelho com 24 eletrodos foi colocado sobre a retina de Dianne Ashworth e enviou impulsos elétricos para estimular as células nervosas de seus olhos. Ela descreveu a assim a experiência: “Eu não sabia o que esperar, mas de repente consegui ver um pequeno clarão. A cada estímulo, surgia uma forma diferente diante dos meus olhos".
Penny Allen, o cirurgião que implantou o aparelho, descreveu-o como o primeiro do mundo. O dispositivo de Ashworth só funciona quando está conectado dentro do laboratório e o presidente do BVA, David Penington, disse que seria usado para explorar como as imagens são "construídas" pelo cérebro e pelo olho.
UOL
Diário do cego
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
domingo, 28 de outubro de 2012
Pesquisa: sem óculos, crianças podem ir mal na escola
O baixo rendimento de crianças nas escolas pode estar relacionado a problemas na visão. Uma pesquisa, no interior paulista, apontou que metade dos alunos com mau desempenho escolar precisava usar óculos.
sábado, 27 de outubro de 2012
Homens e mulheres enxergam de maneiras diferentes, diz estudo
Se você chega em casa recém-saída do cabeleireiro, com um tom de tintura vermelha que nunca antes havia se atrevido a usar, e seu marido a recebe com um "que lindos esses seus novos brincos", em referência a um presente de uma prima que você quase deixou de lado, pense duas vezes antes de se irritar e gritar com ele.
Não se trata -neste caso ao menos- de falta de interesse, atenção e muito menos de carinho.
De acordo com um estudo conduzido por pesquisadores dos Estados Unidos, os olhos dos homens são mais sensíveis aos pequenos detalhes e aos objetos que se movem em grande velocidade, enquanto as mulheres distinguem cores com mais facilidade.
Isaac Abramov, professor de psicologia do Brooklyn College, foi o responsável por dois estudos paralelos para determinar essas diferenças.
Em um deles, apresentou aos participantes uma amostra de uma cor específica e pediu a eles que a descrevessem empregando uma série de termos pré-determinados.
Desta forma, o psicólogo e sua equipe descobriram que homens e mulheres descreviam a mesma cor diante de seus olhos usando termos diferentes.
"Ambos veem o azul como azul, mas que porcentagem de vermelho veem na cor difere se o indivíduo é homem ou mulher", disse Abramov.
Assim se explica por que as mulheres são melhores quando se trata de combinar cores ou de buscar tons semelhantes entre si.
Um ponto no horizonte
O outro estudo conduzido pela mesma equipe se concentrou em como cada sexo percebe os detalhes e as imagens em movimento.
Os homens detectam os detalhes, por mínimos que seja, com mais facilidade.
"Por exemplo, se um avião ingressa em nosso campo visual, como um ponto ínfimo no horizonte, o homem o notará antes da mulher", diz o cientista.
"Ou se uma pessoa tem tendência a tornar-se míope com o tempo, se for homem, levará mais tempo até que tenha que usar óculos", acrescenta.
Diferenças
As hipóteses para explicar as razões por trás dessas diferenças são várias e dão início a uma série de debates, diz Abramov.
"Uma explicação possível é que no cérebro se encontram receptores do hormônio masculino, testosterona, e a maior concentração desse hormônio está na parte superior do cérebro -o córtex cerebral- que é a principal zona visual", destaca.
"Por que essa região do cérebro é tão sensível à testosterona também é uma questão de especulação", acrescenta.
Evolução
Outra teoria está relacionada com a evolução.
Os homens, em seu papel de caçadores, evoluíram suas capacidades que o permitiam avistar à distância uma presa ou um animal que pudesse representar uma ameaça com maior precisão, enquanto as mulheres aperfeiçoaram suas capacidades para melhorar seu desempenho como coletoras.
Abramov deixa claro que todas essas diferenças são sutis e que afetam a visão em seu nível mais primário.
Sem dúvida, por ser uma diferença biológica, não é possível treinar o olho para "melhorar" no que faz pior.
Além disso, isto não afeta a percepção -ao menos no que se sabe até o momento- já que esta se alimenta de muitos outros fatores, como a educação, a memória e os interesses.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Remédio Avastin pode causar cegueira
A Agência Europeia do Medicamento (EMEA) reviu as indicações para o medicamento Avastin (bevacizumab) e incluiu pela primeira vez, entre as reações adversas reportadas, vários graus de perda de visão, incluindo cegueira permanente. O produto foi suspeito de ter causado cegueira, total ou parcial, de seis doentes do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, em julho de 2009, que aceitaram indenizações pelos danos sofridos.
Na atualização do resumo das características do medicamento, lê-se que o Avastin tem indicação para o tratamento de vários tipos de câncer. Apesar de não ter indicação terapêutica (uso ‘off label’) para fins oftalmológicos, os médicos utilizam o Avastin devido à sua eficácia no tratamento da degeneração macular relacionada à idade e da retinopatia causada pela diabetes.
Florindo Esperancinha, um dos oftalmologistas que tratam os doentes com Avastin, explicou que não hesitará em utilizar o remédio em situações em que não prejudique o doente. O especialista salienta que o uso do medicamento é feito "sempre com autorização da comissão de farmácia". Todos os anos são administradas em Portugal dezenas de milhares de injeções de Avastin.
A Autoridade Nacional do Medicamento afirma que a utilização ‘off label’ de um medicamento é da responsabilidade do médico e das comissões de farmácia hospitalares.
O Avastin tem indicação para o tratamento de doenças oncológicas, porque, juntamente com a quimioterapia, consegue combater os tumores.
Na atualização do resumo das características do medicamento, lê-se que o Avastin tem indicação para o tratamento de vários tipos de câncer. Apesar de não ter indicação terapêutica (uso ‘off label’) para fins oftalmológicos, os médicos utilizam o Avastin devido à sua eficácia no tratamento da degeneração macular relacionada à idade e da retinopatia causada pela diabetes.
Florindo Esperancinha, um dos oftalmologistas que tratam os doentes com Avastin, explicou que não hesitará em utilizar o remédio em situações em que não prejudique o doente. O especialista salienta que o uso do medicamento é feito "sempre com autorização da comissão de farmácia". Todos os anos são administradas em Portugal dezenas de milhares de injeções de Avastin.
A Autoridade Nacional do Medicamento afirma que a utilização ‘off label’ de um medicamento é da responsabilidade do médico e das comissões de farmácia hospitalares.
O Avastin tem indicação para o tratamento de doenças oncológicas, porque, juntamente com a quimioterapia, consegue combater os tumores.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Córnea artificial devolve capacidade de enxergar a deficientes visuais
Cientistas do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, desenvolveram uma córnea artificial capaz de devolver a visão a deficientes visuais.
O dispositivo pode, no futuro, auxiliar pessoas que perderam a visão devido a danos na córnea causados por lesões ou doenças.
A cegueira é frequentemente causada por doenças da córnea. O tratamento estabelecido é um transplante, mas em muitos casos isso não é possível em função da escassez de doadores.
Visando melhorar a qualidade de vida dos deficientes, o pesquisador Joachim Storsberg e seus colegas desenvolveram uma córnea artificial. Agora, em colaboração com o Aachen Centre of Technology Transfer, eles estão aprimorando a tecnologia para uso em humanos.
"Estamos no processo de desenvolvimento de dois tipos diferentes de córneas artificiais. Um deles, por exemplo, pode ser utilizado como uma alternativa a uma córnea doada nos casos em que o paciente não toleraria um transplante e na escassez de doadores. Um grande número de pacientes que sofrem de uma variedade de condições poderão se beneficiar do nosso novo implante, que recebeu o nome de ArtCornea ®", afirma Storsberg.
ArtCornea ® e TexKpro
Os implantes se baseiam em um polímero com elevadas propriedade de absorção de água. Storsberg e sua equipe adicionou um novo revestimento na superfície para garantir a fixação nos tecidos do hospedeiro e a funcionalidade óptica.
A borda externa dos implantes foi quimicamente alterada para encorajar o crescimento celular local. Estas células se unem ao tecido circundante humano, o que é essencial para a ficação do dispositivo no tecido hospedeiro.
Os investigadores aumentaram a área de superfície óptica do implante, a fim de melhorar a penetração de luz para além do que anteriormente tinha sido possível. "Uma vez que ArtCornea ® está no lugar, ele é pouco visível. Também é fácil de implantar e não provoca uma resposta imune", observa Storsberg.
Os especialistas também conseguiram produzir um material de base química, biologicamente inerte e compatível com o segundo tipo de córnea artificial, batizado de TexKpro.
Storsberg seletivamente alterou o material de base, o difluoreto de polivinilideno, através do revestimento do fluoreto sintético com uma molécula reativa. Isto permite que a córnea do paciente, naturalmente, se una com a extremidade do implante, enquanto a óptica interna do implante, feita de silicone, permanece livre de células. O segundo modelo de córnea é particularmente adequado como tratamento preliminar, por exemplo, se a córnea foi destruída como consequência de inflamação crônica, um grave acidente, corrosão ou queimaduras.
Os implantes foram testados pela primeira vez pelos médicos no laboratório depois in vivo em vários coelhos. Depois de um processo de seis meses de cura, as próteses implantadas foram aceitas pelos coelhos sem irritação, de forma clara e firmemente fixa no interior do olho. Testes realizados após a operação mostraram que os animais toleraram a córnea artificial.
A equipe agora planeja ensaios clínicos em breve em seres humanos em conjunto com a Eye Clinic Cologne-Merheim
O dispositivo pode, no futuro, auxiliar pessoas que perderam a visão devido a danos na córnea causados por lesões ou doenças.
A cegueira é frequentemente causada por doenças da córnea. O tratamento estabelecido é um transplante, mas em muitos casos isso não é possível em função da escassez de doadores.
Visando melhorar a qualidade de vida dos deficientes, o pesquisador Joachim Storsberg e seus colegas desenvolveram uma córnea artificial. Agora, em colaboração com o Aachen Centre of Technology Transfer, eles estão aprimorando a tecnologia para uso em humanos.
"Estamos no processo de desenvolvimento de dois tipos diferentes de córneas artificiais. Um deles, por exemplo, pode ser utilizado como uma alternativa a uma córnea doada nos casos em que o paciente não toleraria um transplante e na escassez de doadores. Um grande número de pacientes que sofrem de uma variedade de condições poderão se beneficiar do nosso novo implante, que recebeu o nome de ArtCornea ®", afirma Storsberg.
ArtCornea ® e TexKpro
Os implantes se baseiam em um polímero com elevadas propriedade de absorção de água. Storsberg e sua equipe adicionou um novo revestimento na superfície para garantir a fixação nos tecidos do hospedeiro e a funcionalidade óptica.
A borda externa dos implantes foi quimicamente alterada para encorajar o crescimento celular local. Estas células se unem ao tecido circundante humano, o que é essencial para a ficação do dispositivo no tecido hospedeiro.
Os investigadores aumentaram a área de superfície óptica do implante, a fim de melhorar a penetração de luz para além do que anteriormente tinha sido possível. "Uma vez que ArtCornea ® está no lugar, ele é pouco visível. Também é fácil de implantar e não provoca uma resposta imune", observa Storsberg.
Os especialistas também conseguiram produzir um material de base química, biologicamente inerte e compatível com o segundo tipo de córnea artificial, batizado de TexKpro.
Storsberg seletivamente alterou o material de base, o difluoreto de polivinilideno, através do revestimento do fluoreto sintético com uma molécula reativa. Isto permite que a córnea do paciente, naturalmente, se una com a extremidade do implante, enquanto a óptica interna do implante, feita de silicone, permanece livre de células. O segundo modelo de córnea é particularmente adequado como tratamento preliminar, por exemplo, se a córnea foi destruída como consequência de inflamação crônica, um grave acidente, corrosão ou queimaduras.
Os implantes foram testados pela primeira vez pelos médicos no laboratório depois in vivo em vários coelhos. Depois de um processo de seis meses de cura, as próteses implantadas foram aceitas pelos coelhos sem irritação, de forma clara e firmemente fixa no interior do olho. Testes realizados após a operação mostraram que os animais toleraram a córnea artificial.
A equipe agora planeja ensaios clínicos em breve em seres humanos em conjunto com a Eye Clinic Cologne-Merheim
Fonte: G1
Marcadores:
acessibilidade,
cego,
cegos,
ceguira,
córnea,
deficiente,
deficiente visual,
dia-a-dia,
medicina,
obstáculos,
olho,
olhos,
trasplante,
vida,
visão
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
USP cria app para ajudar cegos a andar pela cidade
Alunos do IME desenvolveram o Smart Audio City Guide, que ajuda deficientes visuais a se locomoverem pela cidade
São Paulo - Três alunos do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP desenvolveram o aplicativo para celulares Smart Audio City Guide, que ajuda deficientes visuais a se locomoverem pela cidade. O trabalho rendeu aos estudantes Renata Claro, Gabriel Reganati e Thiago Silva, do último ano em Bacharelado em Ciência da Computação, o terceiro lugar na Imagine Cup, um concurso de inovação promovido pela Microsoft.
O Smart Audio City Guide é um sistema que utiliza informações geolocalizadas e GPS, sendo alimentado por informações de qualquer usuário da rede, de maneira colaborativa. Qualquer um que possua o aplicativo pode enviar e receber informações sobre determinadas localidades, que são transmitidas na forma de áudio.
Por exemplo, pode-se enviar a informação “aqui há um orelhão” para o sistema, que registra a localidade. Na próxima vez que um usuário do aplicativo estiver passando pelo mesmo local, ele recebe a informação enviada anteriormente. O usuário também pode receber as informações ao tocar a tela do aparelho em qualquer ponto. Veja aqui um vídeo demonstrativo do aplicativo.
O projeto, que começou a ser desenvolvido em novembro de 2011, foi orientado pelo professor Marco Aurélio Gerosa, do IME, e também recebeu a colaboração do professor Artur Rozestraten, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), que alertou para a dificuldade de mobilidade urbana no grupo de deficientes visuais e sugeriu o desenvolvimento de sistemas móveis conjugando informações em áudio georeferenciadas.
Fonte: Exame
Marcadores:
acessibilidade,
aplicativo,
áudio,
cego,
cegos,
cegueira,
dia-a-dia,
estudos,
facilidade,
geolocalização,
locomoção,
Smart Studio City,
USP
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Cegos receberão conta de água em braile
Os consumidores cegos, no Estado de São Paulo, vão receber a conta de água em braile para que possam conferir sem ajuda de ninguém o valor da tarifa. Eles começaram a ser cadastrados esta semana pela Sabesp em 48 cidades da região de Itapetininga. Entre as cidades estão Avaré, Itapeva e Itararé. É a primeira etapa do programa. Nas seguintes, serão cadastrados todos os deficientes visuais dos 363 municípios onde a empresa administra o serviço de água e esgoto.
As primeiras contas em braile serão emitidas em dezembro. "Além de ser o titular da conta, o deficiente visual precisa comprovar cegueira total", explica Ariadne Janez, assessora de imprensa da Sabep na região de Itapetininga.
O cadastramento, que pode ser feito na Sabesp, pela internet ou pelo 0800-0550195, no interior e litoral, e 0800-0119911 na região da Grande São Paulo, não tem prazo para se encerrar.
Fonte: Uol
As primeiras contas em braile serão emitidas em dezembro. "Além de ser o titular da conta, o deficiente visual precisa comprovar cegueira total", explica Ariadne Janez, assessora de imprensa da Sabep na região de Itapetininga.
O cadastramento, que pode ser feito na Sabesp, pela internet ou pelo 0800-0550195, no interior e litoral, e 0800-0119911 na região da Grande São Paulo, não tem prazo para se encerrar.
Fonte: Uol
Marcadores:
acessibilidade,
água,
braile,
cego,
cegos,
cegueira,
código,
contas,
dados,
deficiente,
deficiente visual,
facilidade,
linguagem,
São Paulo,
vida,
visão
Assinar:
Postagens (Atom)